segunda-feira, 9 de abril de 2012
Tampinhas de refrigerantes
A saudade vem...
E vem como o sono.
De repente chega
E tira nossas forças...
Piscadas mais lentas
Fraqueza no corpo...
Ah saudade egoísta!
Que cria dilúvios
Em tampinhas...
Tampinhas de refrigerantes...
Que explode aqui dentro
Bomba no coração
Fazendo-me chorar...
Sai saudade, sai...
Sai de minha memória
E de todo o meu hoje.
Fora daqui...
Mas...
Espera...
Espera ai...
Não te vai ainda...
Deixa-me ao menos
Um sorriso e uma lembrança
Daquilo que foi bom
E vai... vai bem ali
Encontrar outro
Que outrora não te quer,
Ou que outrora não te quis
Por fim, oh dolorosa,
Sede tu então
Como o sono...
O sono eterno...
E dorme para sempre
Dentro de mim.
(Rodolpho Moraes)
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