Quem
sou eu,
Senão
uma hecatombe finita
Tomado
de meticulosos impulsos
Revestido
de revoltas sãs
Cheio
de olheiras por ter dormido pouco?
Eu
sou e sei que sou
O
apenas do apenas
Um
triângulo sem pontas
Um
saco de carne que respira...
Um
adorno sem graça
Para
quem não me quer!
Quem
seria eu então,
Se
meus ouvidos se voltassem
Unicamente
para meus sonhos,
Ou
se meus olhos apenas vissem
Um
lado meu que não está em mim?
Afirmo
tudo isso, pois até meu cachorro
Já
não late mais da mesma forma...
Tenho
a sensação que se ele falasse,
Diria:
Quem é você? O que fazes aqui?
Deveras
eu sei a hora de não mais ser.
Eis
que a mesma chegou faz tempo...
E
isso é o que importa!
É
preciso ir em outra direção
É
preciso, apenas, abraçar o inabraçável
E
seguir sem ouvir um pensamento sequer
Salve
apenas por um: a fé...
(Rodolpho
Moraes)
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