segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Orquestra


Escutei uma orquestra...
Tinha o som da buzina de um carrinho de pipocas
E o tri lim lim do triângulo do vendedor de cascalho
Bem audível ainda, os gritos de um jornaleiro
Competindo com um certo tapioqueiro a urrar
Tapioca, Tapioca...
É, eu escutei uma orquestra...
Seu som vinha de um primeiro gradiente
Pendurado num balão mágico
Que defendido por tantos super heróis
Nunca ameaçou estourar
Mas sim, ainda falando da orquestra...
Tantos e quantos sons que ainda me confundo
Se estou aqui, ou se estou ontem...
Ou se estou na porta dos desesperados
A orquestra ainda tinha sons de palhetas
Palhetas que faziam os botões correrem no estrelão
Tinha sons de mãos batendo no chão
Para as figurinhas pegar
Era de fato uma orquestra
Que hoje ecoa ao som de passado
Em notas de futuras distância
Era de fato a minha orquestras
Que outrora foi batizada de minha infância...

(Rodolpho Moraes)

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