terça-feira, 25 de setembro de 2012

...Há poesia em mim...


É como se a poesia me fizesse ouvir
Aquilo que não digo.
É como se ela me mostrasse
A minha verdade mais íntima.

Dela eu não corro, ao contrário,
Vou fortemente em sua direção
E ai dialogamos por horas,
Por curtas e longas estrofes...

O assunto? Conversas da alma...
Intimidades profundas...
Eu a chamo de amiga confidente,
Oráculo de mim...
Ela sabe das entranhas o todo
E do todo as entranhas.

É um vulcão desperto
Nas larvas de palavras que saem.
É o ímpeto urrante do meu espírito
Por horas contrito...

É o meu alívio desejado
Diante da agonia escaldante.
Ela é a singeleza mais introspectiva
De todos os meus sentimentos.

É o reflexo ainda vivo
De minha escassa e devastada pureza.
É o que tenho de mais valioso,
De mais precioso,
Depois dos meus!

(Rodolpho Moraes)

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