sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Murado
Por tempos,
Meu coração esteve murado
Muro alto,
Cacos de vidros nas pontas...
Por tempos,
Meu coração se calou,
Nada mas se ouvia
Quando o assunto era amar...
Por tempos,
Meu coração adormeceu,
Não como nos contos,
Mas no sono dos moribundos.
Por tempos,
Meu coração se entristeceu
Deprimiu-se pela ausência
De ter a quem de fato amar...
Por tempos,
Meu coração esteve assim
Até você chegar
E trocar todos os "por tempos".
Agora, há um certo tempo,
Meu coração murado
Derrubou o muro...
Começou a falar,
E acordou esperto,
Passou a sorrir
Em cada momento
Com toda sua força
Desse novo tempo.
(Rodolpho Moraes)
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