sexta-feira, 8 de junho de 2012

Se consumia no meu mais suave perdão...


Na tua boca o vendaval
Palavras estúpidas de um grito
No abraço da melancolia e da sombra
Que tocavam a beira de um não.

Era a resposta inerte e exercitada
Do resto de um abobado coração...
Que por um tempo de teimoso batia
E dava o tom na harmonia da razão.

No teu silêncio a luz da voz
Que cegava todo o meu falar
E que me deixava mais seco e atroz...

Tua alma inóspita era a solidão
Que maquiada em teus magros lábios.
Se consumia no meu mais suave perdão...

(Rodolpho Moraes)







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