segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Finita obra inacabada...



Eu sou a obra inacabada
E a vela que não ascende
Sou o sorriso velado
Sou o medo iminente.

Sou a desistência que paira
E a fraqueza que berra
Sou  o desânimo gritando
Sou a angústia que cega.

Eu sou a mágoa que canta
E a melancolia severa
Sou a dor que sangra
Do remorso que resta

Por fim, sou nada...
Nada mais do que nada!
Sou apenas um terço das sobras
De uma finita obra inacabada.

(Rodolpho Moraes)

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